Para entendermos com maior facilidade o que seria uma sistema econômico de qualquer local do mundo é fundamental partimos de um conceito simples, mas com uma alta complexidade de funcionamento prático, que é o conceito de Sociedade, que vem do latim “societas” e significa “associação amistosa com outros“ ou seja, é o conjunto de pessoas que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes, e que interagem entre si constituindo uma comunidade. Quando discutimos uma economia baseada em conceitos positivos e ambientalmente sustentável, consideramos perceptível a necessidade que essa mesma sociedade tenha um comportamento econômico que mantenha uma relação harmônica com o meio ambiente; tenha um reflexo positivo nos grupos humanos que com ela se relaciona; seja socialmente justo e culturalmente aceito e por fim que seja claro que os atores sociais tenham responsabilidade socioambiental com efeitos positivos para todos os interessados.

E a economia circular é uma dessas alternativas que tem ganhando visibilidade global, como uma saída muito atraente quando comparada ao modelo de economia linear, que é estruturada no conceito de Extração, Transformação e Descarte.  A economia circular é restaurativa e regenerativa, objetivando a manutenção de produtos, componentes e materiais em seu mais alto nível de utilidade e valor o tempo todo. Essa formatação de economia pode ser entendida de forma muito simples, quando facilmente imaginamos os resíduos que são descartados diariamente nas nossas casas e que poderiam ser utilizados como insumos para produção de novos produtos no mercado.

Segundo o Blog “blog.eureciclo.com.br” a ideia da economia circular anda de mãos dadas com o conceito de logística reversa, mas não é a mesma coisa, pois a base da economia circular seria:

• Reuso, por parte do próprio consumidor final;
• Remanufatura, a reutilização que consiste nas etapas de desmontagem do produto usado, na limpeza de suas peças, na reparação ou substituição de peças danificadas e em testes de qualidade do produto;
• Updating, no caso de produtos eletroeletrônico;
• Remontagem (do produto) que deverá apresentar perfeitas condições;
• Reciclagem que em nível industrial é o processo de transformar resíduos ou produtos inúteis e descartáveis em novos materiais ou produtos de maior valor, uso ou qualidade.

Já a logística reversa é um conjunto de meios que leva a coleta e a devolução dos resíduos sólidos ao setor empresarial e está ligada às etapas de remanufatura e reciclagem na economia circular. Ambos esses conceitos estão diretamente ligados à responsabilidade que todos têm pelo ciclo de vida de um produto, para que ele seja reaproveitado em seu ciclo produtivo.

Segundo Renata Puchala, Gerente Sênior de Sustentabilidade e Impacto Social Estratégico – Natura “Precisamos reinventar a maneira como pensamos negócios. Evoluir de um modelo de pensamento linear para sistêmico é fundamental para inovarmos rumo a padrões de produção e consumo regenerativos. Só assim colocaremos os negócios a serviço da geração de impacto social, ambiental e econômico positivos para a sociedade.”

Entendemos assim que, para a aplicação da Economia Circular em nossa sociedade, é necessário um olhar contextualizado com base na necessidade dos usuários e também o conhecimento do potencial de cada situação, otimizando recursos e resultados, além de sempre manter os processos inclusivos, acessíveis e sustentáveis, tornando-os justos para cada parte da cadeia produtiva.

Eng^o. Wilson Borges

CEO da PWB Engenharia; Engenheiro Ambiental e Tec. de Segurança do Trabalho