Os primeiros estudos sobre prevenção e controle de perdas é datado da década de 30, os precursores no estudo do controle de perdas foram os engenheiros H. W. Heinrich e Frank E. Bird Jr. Desde então o assunto vem sofrendo aperfeiçoamento continuamente, considerando-se assim um elemento primordial para a saúde dos trabalhadores, redução de perdas humanas, materiais e também como fator demonstrativo de melhorias da rentabilidade e das condições gerais de trabalho nas organizações.Diante da afirmativa cabe aqui um questionamento de autoria do Professor e Técnico em Segurança do Trabalho Wellington Tavares: Tendo em vista que a segurança no trabalho é parte-chave no aperfeiçoamento e otimização dos processos produtivos, visando a minimização de custos, a saúde e o bem-estar de todos os trabalhadores, será que as empresas estão preparadas para controlar e evitar acidentes?
Em um conceito chamado de prevencionista, afirmamos que um “acidente” é o evento não desejado que tem por resultado uma lesão ou enfermidade a um trabalhador ou um dano a propriedade. Para que aconteça um acidente consideramos necessária a ocorrência de uma sequência que resultem em fatos que podemos então classificar como:
Condição potencial de perda – Está diretamente ligada à causa do fato, ou seja, é a condição que, sob determinada circunstância poderá causar a perda;
Acidente – É o acontecimento indesejado e não programado que produz perdas;
Perda real ou perda potencial–Resultado do acidente em si e pode se manifestar pela lesão, morte ou danos aos equipamentos em geral.
As perdas podem ser avaliadas em termos de custos para se reparar os danos aos equipamentos, despesas com recursos médicos, majoração dos fatores acidentários de prevenção, mas quando se fala em vidas humanas, não é possível estabelecer valores quanto a extensão do dano. Sendo assim, para entendermos melhor as causas dos acidentes, é necessário recordarmos alguns elementos que interagem entre si, que são:
Pessoas – São os trabalhadores que estão diretamente envolvidos na maioria dos acidentes, pois o que fazem ou deixam de fazer é considerado fator imediato para causa do acidente;
Equipamentos – É a fonte principal dos acidentes, que dá origem a necessidade de se instalar proteção em maquinas e de se treinar os trabalhadores quanto ao risco existente nos processos operacionais;
Material – Matéria prima ou elementos utilizados para beneficiamento e transformação;
Ambiente – Composto por tudo que está à volta do trabalhador, incluindo o ar, edificações em geral.
Com o entendimento do conceito de acidente e os elementos que se relacionam para sua ocorrência, fica claro a necessidade de sua investigação através de métodos técnicos corretos e confiáveis, nos quais podemos destacar, os Métodos centrados nos empregados, que levam em conta fatores comportamentais, epidemiológicos, sistemas e incidentes críticos; Métodos centrados no trabalho que tem como objetivo a correção das deficiências nos locais de trabalho e por fim, Métodos combinados que é o estudo dos riscos que é realizado por meio do levantamento de dados relativos às condições ambientais e suas relações com os meios naturais, sociais e técnicos que envolvem o trabalhador, relacionando-o com os demais agentes (o empregador e os demais trabalhadores) e com os instrumentos de trabalho.Considere ainda que focar atenção apenas nos acidentes mais sérios é simplesmente encarar a prevenção de modo parcial, ou seja, estaremos olhando os fatores causais por uma pequena abertura, limitando nosso poder de análise e de ação, sendo assim, existe a necessidade do estabelecimento de uma estratégia, que chamamos de administração de riscos, que deverá considerar a natureza do acidente e buscando reduzir o desequilíbrio das forças impulsoras do comportamento, buscando assim, dar proteção aos recursos humanos, materiais, ambientais e financeiros de uma organização.
Eng. Wilson Borges
Engenheiro Ambiental (Famec-BA); Engenheiro de Petróleo (F.T. Área 1); Técnico em Segurança do Trabalho (EEEMBA); Membro da Associação de Engenharia Ambiental de Sergipe.
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